A Terapia Sistêmica leva em conta o sistema (família, trabalho, escola, relacionamentos) em que o paciente está incluído. Ela compreende o indivíduo integrado ao seu contexto familiar e sociocultural, e realça a interdependencia existente entre os seres humanos. O foco é a ligação entre o paciente e os relacionamentos que o cercam.
O que é um sistema? é um conjunto de elementos interdependentes de modo a formar um todo organizado. Interdependentes: que depende umas das outra.
Então, ao mesmo tempo que o de uma pessoa causa um efeito em outra, na sociedade e no mundo, ela também é afetada pelo atos dos outros.
Tudo que faço afeto o outro e tudo que o outro faz me afeta (positiva ou negativamente).
Na Terapia Sistêmica, o cliente não é visto como individuo isolado, mas como um componente de um contexto. A visão sistêmica enfatiza que o paciente é um elemento de um conjunto de elementos.
Então, na nessa abordagem os problemas do paciente não tem base na sua história pessoal (biografia), mas sim resulta da interação constante entre o diversos elementos do sistema e ele.
Se o sistema se modifica eu sou modificado e se eu me modifico, também modifico o sistema.
Na Terapia Sistêmica a unidade do tratamento não é mais o indivíduo isolado e sua biografia, mas sim o conjunto de relacionamentos no qual ele está inserido.
Cada parte tem repercussão no todo do sistema.
Dra. Ursula Franke-Bryson afirma que, tem uma coisa muito fundamental nessa abordagem: para os clientes, isso significa que eles podem ser considerados pessoas responsáveis, que causam impacto e podem ajudar a moldar o seu ambiente. Eles podem se ver como o ponto inicial para a mudança, considerando que, quando um elemento no sistema muda ou é mudado, outras mudanças no sistema são originadas, o que tem impacto em todos os outros elementos. A interação constante – os efeitos recíprocos e os vínculos – significa que não há mais espaço para acusações unilaterais. Ao invés disso o que acontece é um desenvolvimento mútuo. E isso normalmente dá uma sensação de alívio aos clientes, pois eles não são forçados a assumir a responsabilidade por situações e por seu próprio comportamento, o que não pode ser explicado pela análise de um individuo isolado.
Bibliografia: Dra. Ursula Franke-Bryson; O rio nunca olha para trás; Fundações histórias e práticas das Constelações Familiares segundo Bert Hellinger; Ed. Conexão Sistêmica
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